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VIVIANE CASTELLEONI
( Brasil – RIO DE JANEIRO )

 

Viviani Castelleoni é figurinista formada em Arte, Figurino e Indumentária pelo SENAI/CETIQT, Rio de Janeiro.
Publicou se primeiro livro em 2016: A Poesia te Veste Por Dentro haicais e poemas breves.  Também tem poemas publicados na coleção Antologia de Poesia Brasileira Contemporâneas – Além da Terra, Além do Céu, da Editora Chiado.
Atualmente, a autora trabalha na publicação de seu segundo livro com poemas eróticos.

 

STARLING, Rodrigo, org.   Cem Poemas: Cem Mil Sonhos. – Homenagem aos 50 anos da               Passeata dos Cem Mil:  maior manifestação popular contra a Ditadura Militar no P aís. Belo Horizonte: Starling, 2018.    176 p.  No. 09 814
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


POEMA ACORRENTADO

Meus poemas são doces
Docinhos.
Feitos de palavras mansas
Barco, navio, passarinho...

Queria um poema pesado
Que mostrasse a dureza do mundo

Um poema parede
Um poema concreto
Um poema gigante
Nada sintético

Nada falasse das dores do negros, das putas
Das injustiças da vida

Um poema politizado
Que colocasse o índio
No mais alto status

Um poema onde minorias
Fossem legitimamente maioria

Um poema dedicado
Aos oprimidos, aos ignorados E
Eu queria um poema definitivamente
Bombástico

Um poema árido
Que não tivesse porto
Que te sumisse o chão
Que não desse conforto
Um poema na contramão

Um poema que falasse das gírias do povo
Versos e rimas sobre o prato pão com ovo

Um poema da rotina do estivador com a cafetina
Eu queria arrancar à uma um poema adrenalina

Um poema lancinante
Um poema urgente
Eu queria escrever
Um poema de gente
Gírias de gays, favelados, prisioneiros, rebelados
A língua próprios dos guetos e tantos outros não
representados

Mas se me vem a florzinha que brota na fenda mofada
Naquele lugar úmido, marginal, abandonado
Preciso falar dessa flor
Dessa aridez metafórica
Desse universo obscuro
Dessa força que se move

Fenda e flor me revelam
O teatro dos desprezados



A SINA DAS FORMIGAS


Banida a parcimônia
Expulsa a cerimônia
Nós, os exilados, deixaremos o desterro
Para intermináveis festejos.

Não haverá rua, praça ou gueto
Isentos da nossa alegria, nosso suor e nossos beijos.

Foguetes triscando o céu
Corpos livres, em lua-de-mel
Fecundarão o espaço
Onde os únicos estilhaços
Serão o grito solto e o frenesi dos abraços.

Vibrantes sobre o marasmo
Nós, os exilados, os anarquistas, os desvairados
Dos manuais faremos confetes a lancear magistrados.

E que ninguém se esqueça ao pisar este chão

A batalha travada foi pela partilha do pão.


*
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  • Página publicada em maio de 2025.

 

 

 
 
 
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